NOVO CÓDIGO FLORESTAL PODE COLABORAR COM A EXTINÇÃO DE MUITOS PEIXES
Recentemente pude acompanhar os comentários sobre a aplicação prática do novo código florestal brasileiro, que está sendo avaliado e votado pelo Congresso nacional, em Brasília...
Ele é amplo, ajuda o agronegócio, minimiza o desmatamento, mas menospreza a vegetação ripária (mata ciliar) e isso poderá afetar, e muito, os peixes, principalmente os que vivem em pequenos riachos, onde a cobertura parcial da luz do sol na água é importante para a sobrevivência de espécies...
Nas áreas de proteção permanente (APPs) atualmente é preservado um espaço de 30 metros para a mata ciliar (ripária), o que é ainda pequeno segundo muitos pesquisadores...
O novo Código quer dimuinuir este espaço para 15 metros nas margens de corpos d’água com menos de 5 metros de largura (isso representa 80% dos rios brasileiros)...
Peixes e anfíbios serão os primeiros a sentir as mudanças, pois são dependentes destas matas ripárias...
A supressão (ou diminuição) da floresta significa, por exemplo, mais incidência de sol na água, aumentando sua temperatura e gerando condições para a proliferação exagerada de algas, provocando a morte de muitas espécies de peixes mais sensíveis... Espécies que possuem larvas sensíveis à radiação ultravioleta da luz solar, um outro exemplo, serão reduzidas na região... Peixes que utilizam a identificação visual para selecionar parceiros serão prejudicados... O maior assoreamento dos rios e riachos (rios mais turvos) pode ser uma consequência, e várias cadeias tróficas (níveis naturais de alimentação... Exemplo: peixes, insetos, folhas...) serão irremediavelmente alteradas (os peixes podem perder biomassa-peso)...
Espécies exóticas podem suportar estas mudanças (são mais tolerantes) e com isso a alteração ecológica da região será uma nova realidade (os peixes nativos serão substituídos)...
Devemos ficar alertas, pois os peixes (a maior parte das espécies) vivem em pequenos córregos e podem sofrem muito...
Muitos peixes passam “a vida toda” em apenas 10 m2 de habitat, e qualquer alteração pode simplesmente acabar com a espécie...
Pesquisadores e cientistas, de diversas áreas, vem apresentando ao Congresso Nacional relatórios e dossiês alertando sobre os aspectos negativos do novo Código Florestal, e o imenso impacto ambiental no Brasil...
Marcus Marques da Silva
(este artigo saiu publicado na Revista Aquarista Junior nº 137 - dez/2010-jan/2011)
Campanha Aquarista Junior:
PROTEJA A MATA CILIAR DOS RIACHOS.
VOCÊ ESTARÁ PROTEGENDO OS PEIXES.
Recentemente pude acompanhar os comentários sobre a aplicação prática do novo código florestal brasileiro, que está sendo avaliado e votado pelo Congresso nacional, em Brasília...
Ele é amplo, ajuda o agronegócio, minimiza o desmatamento, mas menospreza a vegetação ripária (mata ciliar) e isso poderá afetar, e muito, os peixes, principalmente os que vivem em pequenos riachos, onde a cobertura parcial da luz do sol na água é importante para a sobrevivência de espécies...
Nas áreas de proteção permanente (APPs) atualmente é preservado um espaço de 30 metros para a mata ciliar (ripária), o que é ainda pequeno segundo muitos pesquisadores...
O novo Código quer dimuinuir este espaço para 15 metros nas margens de corpos d’água com menos de 5 metros de largura (isso representa 80% dos rios brasileiros)...
Peixes e anfíbios serão os primeiros a sentir as mudanças, pois são dependentes destas matas ripárias...
A supressão (ou diminuição) da floresta significa, por exemplo, mais incidência de sol na água, aumentando sua temperatura e gerando condições para a proliferação exagerada de algas, provocando a morte de muitas espécies de peixes mais sensíveis... Espécies que possuem larvas sensíveis à radiação ultravioleta da luz solar, um outro exemplo, serão reduzidas na região... Peixes que utilizam a identificação visual para selecionar parceiros serão prejudicados... O maior assoreamento dos rios e riachos (rios mais turvos) pode ser uma consequência, e várias cadeias tróficas (níveis naturais de alimentação... Exemplo: peixes, insetos, folhas...) serão irremediavelmente alteradas (os peixes podem perder biomassa-peso)...
Espécies exóticas podem suportar estas mudanças (são mais tolerantes) e com isso a alteração ecológica da região será uma nova realidade (os peixes nativos serão substituídos)...
Devemos ficar alertas, pois os peixes (a maior parte das espécies) vivem em pequenos córregos e podem sofrem muito...
Muitos peixes passam “a vida toda” em apenas 10 m2 de habitat, e qualquer alteração pode simplesmente acabar com a espécie...
Pesquisadores e cientistas, de diversas áreas, vem apresentando ao Congresso Nacional relatórios e dossiês alertando sobre os aspectos negativos do novo Código Florestal, e o imenso impacto ambiental no Brasil...
Marcus Marques da Silva
(este artigo saiu publicado na Revista Aquarista Junior nº 137 - dez/2010-jan/2011)
Campanha Aquarista Junior:
PROTEJA A MATA CILIAR DOS RIACHOS.
VOCÊ ESTARÁ PROTEGENDO OS PEIXES.
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